terça-feira, 26 de julho de 2011

Alfabeto Místico e Celestial







A escrita Celestial é o alfabeto hebraico mais antigo.
 Foi usado pelos hebreus antes do período de exílio na Babilónia (sec. VI a.c.).

Tem 22 consonantes e é escrito da direita para a esquerda. Chamam-lhe alfabeto celestial por, diz a tradição, os seus caracteres terem sido vistos entre os astros do céu, pelos antigos sacerdotes hebreus...

Acerca da cabala hebraica, Agrippa escreveu: "There is also amongst them a writing which they call Celestial, because they show it placed and figured amongst the stars, no otherwise than the other astrologers produce images of signs from the lineaments of stars." Não incluiu qualquer ilustração, nem explicou o significado de tal afirmação.

Felizmente Jacopo Gafareli (1601-1681) também conhecido por Jacques Gaffarel, bibliotecário do Cardeal De Richelieu, escreveu um livro, no qual demonstrou com clareza do que Agrippa estava a falar:

- As letras celestiais têm de ser vistas no contexto actual das estrelas fixas, pois para este efeito não se movem, ou pelo menos não significativamente. O seu movimento, umas em relação ás outras é tão lento que, para o que aqui interessa, não é relevante. Cada letra do alfabeto celestial é uma constelação de estrelas, comparável ás constelações do zodiaco.

- Os nomes retirados das das letras celestiais têm influências ocultas das estrelas, o que define a sua forma. Nos tempos antigos, cada uma das estrelas brilhantes fixas, possuiam a sua própria mitologia e significado mágico. Isto era entendido de igual forma na magia persa, sendo que os persas tinham grande renome na astrologia e astronomia. A magia persa associava inumeros significados esotericos ás estrelas.

- No meio gnostico, hermetico e neo-platonista do Egipto, existia a crença de que cada estrela era a casa celestial de umainteligência espiritual, um ser superior que podia interagir co a humanidade, providenciando as orações correctas, oferendas e devoções. Quando as almas dos humanos fossem perfeitas, adquirissem o estado de perfeição, elas ascendiam para tomar o seu lugar de direito nos céus e tornavam-se elas próprias estrelas, transmitindo uma virtude oculta ao lugar que ocupassem.

Agrippa no livro Occult Philosophy deu uma versão (digamos que, “actualizada”) de alfabeto celestial, mas é diferente do acima indicado, cujas letras foram reproduzidas por Gaffarel.

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